Com a crescente digitalização da economia e a necessidade gradativa de armazenamento e processamento de dados, os data centers se tornaram peças-chave para o funcionamento de diversas empresas em todo o mundo.

Em Portugal, os centros de dados têm atraído cada vez mais investimentos, impulsionando a economia do país e gerando empregos. O setor já conta com importantes players do mercado, como a Colt, a Equinix e a Claranet, e novos investimentos estão sendo anunciados, como o campus da Start Campus, em Sines, projetado para ser um dos maiores campus de data centers da Europa e cujos investimentos iniciais superam a casa dos 120 milhões de euros.

Segundo o Diretor de Energia e Infraestruturas Críticas da Visabeira, Rui Mendes, apesar de Portugal ter entrado para o mapa dos grandes data centers com a construção do projeto Sines 4.0, também é possível identificar oportunidades em infraestruturas de menor dimensão e nos edge data centers. “Tem-se assistido nos últimos anos a um melhor entendimento por parte das diferentes organizações do conceito de centro de dados, em termos de engenharia e decisões técnicas, esta situação leva a um aumento de procura destas infraestruturas. Também, de modo a cumprir metas de sustentabilidade, existem um conjunto de iniciativas de retrofit de data centers existentes, que inclui digitalização das infraestruturas energéticas, otimização dos sistemas de refrigeração e incorporação de fontes alternativas”, pontua.

A localização privilegiada de Portugal, entre a Europa e a América, tem sido um fator importante para atrair investimentos. O país conta com uma das posições geográficas mais estratégicas na Europa: liga três continentes, o que, a nível de conectividade, é um plus. Em Sines, por exemplo, é possível encontrar cabos submarinos que ligam Portugal à Madeira, América do Sul, todo o continente africano e mediterrâneo.

Somado a estes fatores, Rui Franco, General Director da RENTELECOM, destaca que “em Portugal existem recursos humanos qualificados pelas melhores escolas de engenharia e que têm muita facilidade em línguas, tais como o inglês e o espanhol – sendo um mercado pequeno, os portugueses sempre foram cosmopolitas e olharam para o resto do mundo como a extensão natural do mercado doméstico”.

O país tem se tornado uma opção atraente para empresas que buscam expandir suas operações para o continente europeu, aproveitando as vantagens logísticas, uma legislação amiga dos data centers e um governo empenhado em desenvolver o ecossistema digital, comenta Franco. De fato, um estudo da Akin Gump descreve Portugal como um destino acolhedor para grandes empresas tecnológicas internacionais e hyperscalers.

Para os próximos anos, espera-se um crescimento ainda maior do setor de data centers em Portugal, impulsionado pela demanda crescente por serviços digitais e pela necessidade de armazenamento e processamento de dados. Além disso, a busca por soluções de computação em nuvem e a necessidade de empresas de diversos setores em armazenar seus dados de forma segura e confiável devem contribuir para o crescimento da indústria.

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Broadcast

Explore the current scenario of the Portuguese market, including its opportunities, challenges, and projections for the future

Para Carlos Aparecido dos Santos, Cloud Engineer and Infrastructure Consulting na Claranet, além da computação em nuvem, existem várias tecnologias emergentes que podem apoiar os data centers de Portugal em suas jornadas de expansão. Algumas delas são: a consolidação de servidores, a virtualização, o liquid cooling, as energias verdes e renováveis, a inteligência artificial (IA) e o aprendizado de máquina (ML).

Contudo, é importante ressaltar que o setor, como um todo, também enfrenta desafios, como a necessidade de reduzir seu impacto ambiental e pegada de carbono, bem como garantir a segurança e a privacidade dos dados armazenados. Nesse sentido, empresas têm investido em soluções sustentáveis e na adoção de práticas que garantam a segurança e a confidencialidade dos dados de seus clientes.

Que soluções e práticas são essas? Como diminuir o impacto ambiental dos data centers e aumentar a eficiência energética sem comprometer a disponibilidade? Como Portugal pode aportar neste ecossistema de DC agora e no futuro? Essas e outras perguntas serão respondidas por especialistas do setor no nosso Broadcast DCD>Inside Portugal.

No dia 16/05, expertos de empresas como AtlasEdge, RENTELECOM, Start Campus, Vertiv, TycheTools, Grupo Visabeira, Claranet e Kyndryl examinarão o atual cenário do mercado português, suas oportunidades, desafios e projeções para o futuro, oferecendo uma análise do ecossistema de data centers no país, com foco nas últimas tendências e inovações.

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