“A quinta geração de telefonia móvel celular ou 5G, é a primeira geração a considerar, desde sua concepção, a comunicação entre máquinas (IoT). No 4G, há tecnologias dedicadas ao IoT, mas a densidade de terminais por célula está limitada a algo em torno de 1000 dispositivos por km2. Desde que começou a ser pesquisado, o 5G já trazia um requisito de suporte a uma comunicação massiva de dispositivos (Massive Machine Type Communication, ou mMTC), demandando o suporte de até 1 milhão de dispositivos conectados por km2”, explica o Wireless Solutions Manager do CPQD, Gustavo Correa Lima, acrescentando que além da maior capacidade de suporte a dispositivos IoT, o 5G foi a primeira tecnologia de comunicação sem-fio a suportar transmissão de dados, com altíssima confiabilidade e baixíssima latência (Ultra Reliable Low Latency Communication - URLLC).

“A latência pode ser interpretada como o tempo de resposta da rede a um comando transmitido, seja este comando originado por uma pessoa ou por uma máquina. Este requisito não existe nas gerações anteriores, e tem grande impacto em uma série de aplicações tais como veículos inteligentes, telecirurgia, realidade aumentada, entre outros. No 4G a latência está na casa de dezenas de milissegundos, enquanto no 5G o requisito é que suporte latências abaixo de 1 milissegundo”, completa o Wireless Solutions Manager do CPQD, centro de pesquisa e desenvolvimento, referência tecnológica no país, que vem alavancando o empreendedorismo, por meio de sua notória competência em Internet das Coisas, Inteligência Artificial, Conectividade, Blockchain e Mobilidade Elétrica. O porta-voz do CPQD, que é um dos participantes do “DCD>Brasil | Building at Scale”, ao lado de Antônio Marcos Alberti, Head of Information and Communications Technologies Laboratory do Inatel; Enock Cabral, Technology Strategy Leader da Algar Telecom e Alberto Boaventura, Gerente de Estratégia e Arquitetura de Rede da Oi, integrá o painel: “Como o avanço do 5G no Brasil deve impactar a indústria de Data Center?, que acontece no dia 13 de maio, às 16:00.

“O 5G é revolucionário pois ele não só aumenta a velocidade do acesso à rede móvel, como transforma todo o core de rede, data centers e sistemas das operadoras, permitindo novos serviços além da banda larga móvel, como aplicações automáticas sensíveis à qualidade da conexão (baixa latência) e massificação dos dispositivos conectados”, destaca Enock Cabral, Technology Strategy Leader da Algar Telecom.

Já o Head of Information and Communications Technologies (ICT) Laboratory do Inatel, Antônio Marcos Alberti, pontua que, o 5G é calçado em novos paradigmas revolucionários, resultado da evolução tecnológica acelerada que estamos vivendo hoje. "Dentre esses paradigmas temos a softwarização (tudo como um serviço – arquiteturas orientadas a serviços), a programabilidade do físico (infraestrutura programável), a representatividade do físico (gêmeos digitais), as novas tecnologias de conectividade (ondas milimétricas, óptica de espaço livre, novas estruturas tempo-frequência, a Internet das Coisas, a Inteligência Artificial, o registro perene e imutável de informações, as redes híbridas terrestre/satélite e a execução descentralizada determinística via contratos inteligentes. A combinação disso tudo só pode ser conseguida com o 5G. Tal abundância tecnológica tem impactos profundos e está criando disrupção em todo tipo de modelo estabelecido".

O Gerente de Estratégia e Arquitetura de Rede da Oi, Alberto Boaventura, completa, afirmando que, "as aplicações e oportunidades do 5G afetarão de forma positiva praticamente todos os setores da indústria, com a geração de 22 milhões de novos empregos e injeção de quase 13,2 trilhões de dólares em escala global, nas próximas décadas, segundo o IHS Markit 2017. Em estudos mais recentes, Nokia/Omdia 2020, indica que o 5G trará um impacto econômico da ordem de 1,216 trilhão de dólares e um aumento de produtividade de 3,08 trilhões de dólares no Brasil. As empresas de TIC, governo, manufatura, serviços, agricultura e varejo serão os setores mais impactados pela futura implantação do 5G no Brasil", conclui.

O 5G não é somente a rede das redes, permitindo a integração de serviços fixos e móveis, bem como, tecnologias de acesso terrestre e satélite, mas também a plataforma de inovação, trazendo novos serviços e conceitos de imersão total, combinando tecnologias adjacentes de importante desenvolvimento: Edge Computing, Big Data, Inteligência Artificial e Sistemas Especialistas, Computação Quântica, comunicação de sensores, IoT entre outras. 

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