Software que oferece aos operadores de data centers a possibilidade de executar operações eficientes e melhorar o planejamento e design da infraestrutura, o Data Center Infraestruture Management - DCIM conecta informações operacionais, instalações e TI para maximizar a utilização dos recursos do data center.

Estima-se que o aumento do tráfego IP e a crescente demanda por infraestrutura física inteligente irão impulsionar o aumento de soluções DCIM. Especialistas apontam também, que a crescente adoção de redes sociais, streaming de vídeo, buscas na internet, juntamente com aplicativos de negócios, irão levar esta tendência para o topo.

De acordo com um relatório da Global Market Insights, o mercado mundial de DCIM deve ultrapassar US $ 3 bilhões até 2024.

Empresa especialista neste segmento, a Schneider Electric vem acompanhando esses números e lançando soluções para suprir este nicho de mercado. Em entrevista, Fábio Leite, gerente de Desenvolvimento de Negócios de Software da Schneider Electric para América do Sul, fala sobre a atuação da empresa neste setor. Leia, a seguir.

DatacenterDynamics: Em números é possível dizer quanto uma empresa pode economizar apostando no DCIM e na Automação dos processos de seu data center?

Fábio Leite: Considerando o melhor uso do espaço físico, diminuição de demanda de energia e maior eficiência nos serviços pode-se chegar a uma economia de 30%.

DCD: A terceirização de negócios tem sido um impulsionador do DCIM?

F. L.: Sem dúvida, muitos negócios terceirizados trabalham com NOC (Network Operations Center). Para que o NOC das empresas terceiras consigam fazer o seu trabalho, é preciso monitoramento e gerenciamento remoto nas infraestruturas de IT. O DCIM é um dos viabilizadores deste modelo de negócio.

DCD: Em relação ao DCIM e a Automação de Data Center, como a Schneider Electric avalia o Brasil? O que precisa melhorar e quanto já avançamos?

F. L.: Nossa infraestrutura de TI pode ganhar muito em eficiência. Estudos apontam que a maioria de nossos data centers estão acima de dois PUE, ou seja, se analisarmos somente esse ponto já temos uma grande oportunidade. Outro fator importante para o Brasil é a quantidade de investimentos programados por grandes Colocations e Internet Giants para o país em infraestrutura de TI para os próximos cinco anos. Portanto, trata-se de um mercado chave em nossa estratégia.

Com relação a avanços, as organizações já estão reconhecendo a necessidade de gerenciar melhor sua infraestrutura, independentemente de onde ela esteja. Ela pode estar localizada em um data center tradicional, na nuvem, em uma instalação de Colocation, em um micro data center, em um ambiente de Edge ou mesmo em implementações de IoT. O gerenciamento dessa infraestrutura digital distribuída exigirá que os líderes de TI expandam sua visão do que precisam compreender e gerenciar.

DCD: O que veremos como evolução do DCIM?

F. L.: Em curto prazo, veremos uma extensão do modelo DCIM para que sua capacidade de identificar a localização dos ativos se espalhe além do data center. O modelo se tornará mais inclusivo e deve evoluir para incorporar análises preditivas mais verdadeiras para que, eventualmente, as organizações possam descobrir e gerenciar uma infraestrutura distribuída de um local central. Embora continue a haver um lugar no mercado para o DCIM tradicional, os provedores que desejam levar as vendas para o próximo nível mudarão sua estratégia. Eles não só fornecerão uma visão mais global da infraestrutura, mas também vão incorporar inteligência (por meio de Inteligência Artificial e Machine Learning) e melhor interconectividade para se tornarem realmente preditivos e prescritivos.

DCD: Quais são as principais soluções da Schneider Electric para DCIM e Automação?

F. L.: A oferta de DCIM da Schneider Electric inclui StruxureWare para Data Centers, uma solução para instalação local e o EcoStruxure IT, uma oferta baseada em nuvem que fornece uma única fonte de gerenciamento para ativos de TI, independentemente da localização. O portfólio de EcoStruxure IT é composto por diferentes ofertas, dependendo do que o cliente deseja fazer. Isso inclui IT Expert, que é um software de monitoramento e gerenciamento remoto da saúde dos dispositivos de IT, o IT Advisor, software de planejamento de capacidade, gerenciamento de mudança, gerenciamento de Colocation e análise e impacto de riscos, o Cooling Optimize, que equilibra a necessidade de resfriamento com o menor gasto de energia possível, entregando economia imediata de custos e a quantidade certa de resfriamento dentro do data center. Por fim, temos uma oferta de serviço chamada EcoStruxure Asset Advisor, que fornece monitoramento de dispositivo 24 horas por dia, 7 dias por semana, feito por especialistas localizados em nosso Service Bureau.

DCD: Qual é a importância do mercado brasileiro para os negócios da Schneider Electric na América Latina?

F. L.: Para atender ao enorme mercado, no Brasil, são cerca de 2 mil colaboradores e mais de sete mil pontos de venda. Além disso, duas fábricas, um escritório administrativo e um centro de distribuição.
Nossos resultados em nível global estão disponíveis para visualização e podem ser encontrados por meio do link: https://www.se.com/ww/en/about-us/investor-relations/financial-results.jsp