Com um mercado avaliado em US$ 4,43 bilhões, segundo a consultoria Arizton, o setor de data center brasileiro seguirá crescendo. Tal crescimento é impulsionado pela demanda 5G e de Edge Computing, duas tecnologias potencializadoras da Transformação Digital, muito acelerada no país em função da pandemia de Covid-19.

Alexandre Gomes, diretor de marketing da Embratel, acredita que a tendência é que, nos próximos meses vejamos parte das aplicações migrando para um ambiente descentralizado, alinhado com as demandas por velocidade, latência e volume de dispositivos conectados. "Desta forma, tanto o 5G como a Edge passam a ser contemplados nos cenários de investimentos futuros", destaca ele, que em conversa com a DCD, fala sobre o potencial das duas tecnologias que se complementam e exigem mudanças na infraestrutura de data centers.

Qual é o impacto da Edge e do 5G nas infraestruturas dos Data Centers no Brasil?

Tanto o 5G como a Edge estão no início de suas jornadas no Brasil. O 5G é um fator que influenciará sim, a aplicação da Edge, já que através de sua infraestrutura digital, muitas tecnologias emergentes serão habilitadas e consequentemente os casos de uso entregues, junto com os benefícios para as empresas. Ou seja, as aplicações demandarão processamento mais próximo do ponto de coleta do dado, por conta principalmente, da latência.

No entanto, reforço que ainda temos um bom caminho a percorrer.

Edge e 5G já mudam o cenário do mercado hoje ou isso será uma coisa futura? Por quê?

Importante destacar que diferentemente de outros avanços tecnológicos nas redes móveis, este terá como alavancador o mercado corporativo.

Notamos que a demanda inicial associada ao 5G está muito relacionada à Indústria 4.0 e seus pilares. Nesta linha, as Redes Privativas têm dominado o cenário neste momento. Com isto, em aplicações críticas que demandem baixa latência, a associação com a Edge é essencial. Como destacado, estamos no início desta jornada. Há muito por acontecer e por vir.

Com a Edge Computing a Nuvem perderá espaço?

A tendência de migração para a Nuvem é fato. Estudos, pesquisas e indicadores demonstram este movimento. Logo, dificilmente haverá perda de espaço. Muito pelo contrário.