Dedicado a acelerar projetos de desenvolvimento de soluções de IA, o SiDi IARA (Inteligência Artificial Revolucionando o Amanhã), está entre os 500 maiores supercomputadores do mundo, de acordo com a lista TOP500; em sua 57ª edição, o ranking coloca o SiDi IARA em 111º lugar.

Construído por meio de um convênio com a Samsung para execução de iniciativas em IA, o supercomputador que está em operação desde o início de 2021 e conta com tecnologia da NVIDIA Enterprise, será a base para o projeto “VIVA BEM - Hub de Inteligência Artificial em Saúde e Bem Estar”; uma parceria entre a Samsung e a Universidade Estadual de Campinas - Unicamp.

“Esta é uma parceria indústria-universidade e dentro desse contexto, pesquisadores da Unicamp e da Samsung buscarão soluções com base em tecnologias convergentes de sensores vestíveis: Big Data e Inteligência Artificial para analisar a saúde das pessoas continuamente, 24 horas por dia e 7 dias por semana”, explica o coordenador do hub e diretor do Instituto de Computação da Unicamp, professor Dr. Anderson Rocha, destacando que o objetivo da iniciativa é viabilizar ações preventivas, no cuidado com a saúde e o bem-estar.

“Com esta iniciativa será possível, por exemplo, identificar comportamentos não saudáveis, como sedentarismo ou má alimentação, e ainda detectar precocemente algumas doenças, muito antes de sentirmos que algo está errado, o que permitirá tratamentos mais eficazes e até mesmo poderá evitar que certas doenças se desenvolvam”, completa.

Durante os próximos cinco anos, a expectativa é que o projeto VIVA BEM realize pesquisas inovadoras, que levem a avanços importantes em saúde e bem-estar para o Brasil e para o mundo.

Por que o Brasil?

“Nossa população é muito heterogênea. O Brasil é um país que consegue representar quase todas as nações do mundo e por isso, praticamente todas as características globais estão representadas dentro da população brasileira. Como a IA está fortemente ligada a dados, a gente tem no Brasil um conjunto rico de informações”, explicou o diretor de Planejamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Samsung no Brasil, Fernando Arruda, no evento de lançamento do hub.

Atualmente a Samsung conta com 39 centros de P&D no mundo. No ecossistema de P&D no Brasil, a Samsung possui mais de 2 mil profissionais atuando em projetos e, até hoje, a empresa já desenvolveu mais de 2500 projetos no país com 35 parceiros diferentes.

Terceiro maior supercomputador da América Latina

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O supercomputador SiDi IARA (Inteligência Artificial Revolucionando o Amanhã), é fruto de uma parceria da Samsung com o SiDi. Trata-se de um cluster de GPUs de altíssima capacidade, que hoje é considerado o terceiro maior supercomputador da América Latina.

“Dentro desta parceria, trabalharemos com o aprendizado de novos modelos de Inteligência Artificial e será necessário lidar com muitos dados. Para processar esses dados em alta escala, é vital dispormos de um alto poder computacional”, destaca o professor Dr. Anderson Rocha, acrescentando que, o objetivo da parceria é poder treinar algoritmos que utilizam um grande volume de dados e gerar soluções, para aplicá-las na resolução de problemas da sociedade atual.

“Essa parceria é muito importante porque nos provê a infraestrutura necessária para treinar os algoritmos, que demandam alto poder computacional”, completa.

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Smartwatches

Atualmente, os smartwatches possuem um conjunto de funcionalidades que ajudam a monitorar a forma física de seus usuários o que inclui, por exemplo, acompanhar seus exercícios e hábitos de sono. “Nossa ideia é dentro de um ambiente de laboratório da universidade e por meio de um conjunto monitorado de pessoas voluntárias e dispostas a participar dos experimentos do projeto utilizar o smartwatch e, a partir dos sinais coletados, analisar a qualidade de vida e bem-estar, contribuindo para detectar anormalidades no sono, por exemplo, ou nas atividades do dia-a-dia, como sedentarismo”, explica o professor Dr. Anderson Rocha, acrescentando que a parceria funciona como uma via de mão dupla em que a universidade pesquisa soluções inovadoras, que podem vir a ser transformadas em produtos pelo parceiro na indústria e o parceiro financia e oferece a infraestrutura necessária para a pesquisa.

“Sabemos que é um desafio aplicar técnicas de IA para resolver uma demanda que existe no domínio da saúde e bem-estar e implementar isso de maneira que esteja em um relógio inteligente permite a integração e comercialização mundo afora. Nossa expectativa com a parceria é avançar no estado da arte em Inteligência Artificial e aprimorar ainda mais o funcionamento dos dispositivos”, finaliza Fernando Arruda.