A Arm está se preparando para lançar seu primeiro chip de IA no próximo ano.
De acordo com um relatório do Nikkei Asia, a fabricante de chips com sede no Reino Unido está criando uma divisão de chips de IA com o objetivo de produzir um protótipo de produto até a primavera de 2025. A produção em massa dos novos chips deve começar no outono do mesmo ano.
O SoftBank, conglomerado japonês que comprou a Arm em 2016 por 32 bilhões de dólares (164,5 bilhões de reais) e possui 90% de participação na empresa, já está negociando com a TSMC e outras empresas não identificadas para garantir a capacidade de produção.
A Arm deve cobrir a maior parte dos custos iniciais de desenvolvimento, que segundo o Nikkei podem chegar a centenas de milhões de dólares. Se a empresa for bem-sucedida, a divisão pode ser desmembrada da Arm e colocada diretamente sob sua empresa matriz.
Desde que o SoftBank abriu o capital da Arm em 2023, as ações da fabricante de chips subiram quase 50%, com o maior crescimento vindo depois que a empresa anunciou no início do ano que buscaria oferecer mais suporte a aplicativos de IA.
Na semana passada, foi relatado que o SoftBank estava em negociações para adquirir a Graphcore, a fabricante britânica de chips de IA em dificuldades, embora um acordo final não deva ser feito em breve.
Por outro lado, foi relatado anteriormente que o fundador do SoftBank, Masayoshi Son, pretendia levantar 100 bilhões de dólares (514 bilhões de reais) para construir uma empresa de chips de IA chamada Izanagi para competir com a Nvidia.
Em 8 de maio, a Arm divulgou seus resultados financeiros do quarto trimestre de 2024, em que a empresa teve receita de 928 milhões de dólares (4,8 bilhões de reais) no quarto trimestre, um aumento de 47% ano a ano. Isso se deveu em grande parte ao negócio de licenciamento da empresa, que teve um crescimento de 60% durante o trimestre.
Em uma carta aos acionistas, a empresa atribuiu o crescimento de dois dígitos neste segmento a “vários negócios de alto valor e ao aumento da demanda pela tecnologia de eficiência energética da Arm para IA, de Data Centers a computação Edge”.
