A empresa de data centers submarinos Highlander instalou uma fundação comercial no mar nas proximidades da ilha de Hainan, China.

O sistema de 1.433 toneladas está submerso 35 metros debaixo d'água e utiliza o mar para refrigerar seus sistemas. Mesmo não informando os detalhes exatos da computação, a empresa disse que o módulo pode processar mais de quatro milhões de imagens de alta definição em 30 segundos, “equivalente a 60.000 computadores tradicionais trabalhando simultaneamente”.

A Highlander espera que em um futuro próximo possa instalar 100 módulos desse tipo no local, o que, segundo a empresa, economizaria 68.000 metros quadrados de terreno, junto com 122 milhões de kilowatts-hora de eletricidade e 105.000 toneladas de água doce por ano.

A Televisão Central da China disse que o sistema foi implementado na sexta-feira 24 de novembro como o primeiro data center submarino comercial; a Highlander, entretanto, afirmou anteriormente que havia implementado um sistema comercial em Hainan em abril.

A Highlander anunciou pela primeira vez um teste submarino em janeiro de 2021, no porto de Zhuhai em Guangdong. Durante o ano de 2021 foram feitos outros testes e várias regiões chinesas incluíram a ideia em seus planos quinquenais.

A companhia disse que recebeu pedidos de empresas como a China Telecom e a empresa de vigilância e software de inteligência artificial SenseTime, com sede em Hong Kong.

Antes da Highlander dar seu passo, a Microsoft foi a primeira a testar o conceito de UDC, submergindo seu primeiro data center do Projeto Natick na costa do Pacífico nos EUA em 2015 e fornecendo serviço a cargas de nuvem de Azure do fundo do mar.

Após esse teste, outro de dois anos foi feito na região das ilhas Orkney na Escócia, encerrado em 2020, e a Microsoft concluiu que os data centers submarinos aumentaram a confiabilidade do hardware de TI, ao protegê-lo do oxigênio e de danos acidentais.