China Flag
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Processadores fabricados nos EUA pela Intel e AMD serão gradualmente eliminados dos PCs e servidores do governo, de acordo com novas diretrizes do governo chinês, sendo substituídos por hardware fabricado na China.

Segundo um relatório do FT, as novas diretrizes de aquisição também buscam restringir o uso do sistema operacional Windows da Microsoft e software de banco de dados estrangeiros.

As novas diretrizes foram publicadas pelo Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação (MIIT) em 26 de dezembro de 2023, dando ordens para que as agências governamentais façam a troca para soluções "seguras e confiáveis" ao adquirir tecnologia.

No mesmo dia, uma lista foi publicada pelo Centro de Avaliação de Segurança da Informação da China nomeando as tecnologias aprovadas pelo governo. Ela inclui 18 CPUs, seis sistemas operacionais e 11 soluções de banco de dados centralizadas, todas desenvolvidas por empresas chinesas.

Chips da Huawei e do grupo apoiado pelo estado chinês Phytium foram incluídos na lista de processadores aprovados. Ambas as empresas estão atualmente na lista negra de exportação do governo dos EUA.

Segundo o relatório do FT, a China foi o maior mercado da Intel em 2023, respondendo por 27% dos US$ 54 bilhões em vendas da empresa. No mesmo ano, 15% das vendas de US$ 23 bilhões da AMD vieram da China.

O presidente da Microsoft, Brad Smith, disse ao Congresso no ano passado que a China contribuiu com 1,5% da receita da empresa.

Desde que o governo dos EUA intensificou as sanções relacionadas à exportação de semicondutores avançados para a China, o país tem direcionado seu foco para a produção de chips domésticos.

Em 2023, a China comprou cerca de US$ 40 bilhões em produtos de fabricação de chips na tentativa de reforçar sua cadeia de suprimentos de semicondutores após as sanções dos EUA.