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Cada vez mais, as pequenas e médias empresas investem em tecnologia e a computação em nuvem proporciona ganhos substanciais em eficiência para organizações nesse segmento.

O aumento de investimentos das PMEs em TI deve-se a vários fatores, que podem incluir obrigações fiscais e legais, como o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) e nota fiscal eletrônica (NF-e) ou até mesmo pela necessidade de se ter um sistema de gestão para auxiliar no crescimento da empresa.

De acordo com o diretor de desenvolvimento da empresa de software New Age, Marcelo Lombardo, além desse fato, muitas empresas fazem parte de um ecossistema de companhias maiores. Isso acaba por incluí-las em programas de qualidade e que pedem empresas com rigor fiscal, que sejam organizadas e trabalhem com dados confiáveis.

“Isso fez com que o mercado de software voltasse os olhos para essa demanda. Do total de volume de negócios obtidos pela New Age, mais de 20% vem das PMEs”, diz Lombardo em entrevista ao Portal Decision Report.

Para o executivo, o uso de cloud computing tem se mostrado uma boa saída para a realidade das pequenas e médias empresas, apesar de ainda ser uma tecnologia nova. “A computação em nuvem torna acessível o custo das ferramentas e proporciona um alto nível de gestão.”

No entanto, o executivo destaca que a visão dessas empresas em relação a essa nova tecnologia diverge de acordo com o perfil e região onde está sediada a empresa.

“As PMEs focadas em grandes capitais enxergam o cloud com mais naturalidade, assim como as empresas que têm muita gente jovem em seu corpo de funcionários. Já os administradores mais antigos ficam mais receosos em relação à segurança, pois ficam com medo de colocar informações importantes do negócio em uma nuvem”, explica.

 

Essa postura tende a se dissipar nos próximos anos, na visão do executivo. Uma das principais barreiras para a adoção do cloud computing neste setor envolve a disseminação da banda larga em todos os municípios do Brasil. Mas o Plano Nacional de Banda Larga, programa governamental de fomento a essa tecnologia, deve acelerar a adoção da banda larga entre 2012 e 2014.

O grande desafio das empresas de software nesse sentido é criar soluções simples, diz Lombardo. “É necessário pegar a complexidade dos sistemas e encapsulá-los para facilitar a utilização pelas PMEs”.

Lombardo acredita que nos próximos anos 100% das pequenas e médias empresas estarão conectadas. “O aumento da concorrência irá intensificar a sua modernização tecnológica para que elas possam crescer em uma escala maior”, completa.



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