"5G e Edge Computing, assim como o Plano Nacional de IoT, com iniciativas para redução de impostos para importação de dispositivos de automação e robótica, estão acelerando a jornada de automação de diversos setores da economia, com foco principal na Indústria 4.0, Agro 4.0, Saúde 4.0, Cidade 4.0, Educação 4.0 e até o turismo 4.0”, destaca o Estrategista de TI & Strategic Advisor, Luís Fernando Quevedo, ressaltando que tal aceleração implica num crescimento vertiginoso de dados e processamento de informações, demandando a construção de data centers em diversas regiões e não apenas concentrados na região sudeste, onde se encontram 70% dos data centers do Brasil.

Para o Senior Manager da Deloitte, Alberto Boaventura, o 5G e a virtualização de rede são a grande oportunidade para as empresas que detém a infraestrutura de data centers, operadoras e parcerias, seja para abrigar workloads de rede e novas aplicações. “A Egde Computing é o principal habilitador de aplicações de baixa latência, como a Internet e o Metaverso Edge e AI/IoT. Segundo a consultoria Chetan Sharma, as oportunidades para a Edge Internet será de 4 trilhões de dólares e o Metaverso com oportunidades que variam entre 500 bilhões a quase 1 trilhão de dólares até a próxima década”.

O diretor de Marketing da Embratel, Alexandre Gomes, avalia que diferentemente de outros avanços tecnológicos nas redes móveis, o 5G terá como alavancador o mercado corporativo. “Notamos que a demanda inicial associada ao 5G está muito relacionada à Industria 4.0 e seus pilares. Nesta linha, as Redes Privativas têm dominado o cenário neste momento. Com isto, em aplicações críticas que demandem baixa latência, a associação com a Edge é essencial. Como destacado, estamos no início desta jornada. Muito por acontecer e por vir ainda.”

Márcia Andrade, Principal Interconnection Manager da EdgeUno, pondera que “quando fala-se em 5G pensa-se apenas em recepção via satélite, ERB e antenas, é preciso lembrar que os dados trafegados precisam ser armazenados, processados e distribuídos. E a partir daí os equipamentos de edge e os data centers tornam-se fundamentais”. Ou seja, torna-se vital ampliar a rede de infraestrutura a fim de comportar toda a distribuição deste tráfego com conectividade, sistemas computacionais, automação, colocation e infraestrutura em geral para receber equipamentos de redes de transmissão, roteadores e switches. Existe toda uma infraestrutura de backbone necessária para suportar esses sistemas. Resumindo, não devemos pensar somente na frequência.”

Os principais fatores e também secundários, que impactam diretamente na implantação e expansão do 5G e da Edge Computing no país serão amplamente analisados pelos especialistas, no retorno do DCD>Connect a São Paulo, após a pandemia de Covid-19. O painel que tem como título: “Qual o impacto da Edge e do 5G nas infraestruturas dos Data Centers?, será realizado presencialmente, no Hotel Transamérica, no dia 7 de novembro, às 16:00.