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A integradora de serviços CorpFlex está apostando em serviços colaborativos na nuvem (cloud) para continuar sua expansão em 2012.

Nesse ano, a empresa espera atingir um faturamento de R$ 25 milhões, ou seja, um crescimento de 35%. Em 2011, a CorpFlex registrou um crescimento de 28%, com R$ 17 milhões de faturamento.

Uma das pioneiras no fomento de software como serviço (software- as-a-service, ou SaaS na sigla em inglês) no Brasil, a CorpFlex construiu uma plataforma colaborativa de cloud computing, que visa agregar valor aos clientes finais corporativos e aos canais de distribuição nacionais, explica o diretor e co-fundador da empresa, João Alfredo Pimentel.

O novo produto foi desenvolvido por meio de trabalho conjunto com as principais empresas de softwares no mercado nacional para oferta de soluções de SaaS e cloud computing - que proporcionam muitas vantagens, como acesso remoto à aplicativos via web.

Reduzindo custos com terceirização de infraestrutura
Como operadora tecnológica, a CorpFlex atua com foco na oferta de soluções de outsourcing de TI para todos os segmentos de mercado corporativo. Os principais clientes da CorpFlex são empresas desenvolvedoras de ERP (planejamento de recursos de negócios), CRM (gerenciamento de relacionamento com o cliente), BI (Inteligência de Negócios) e desenvolvedoras de sistemas aplicativos.

Os clientes da CorpFlex contam com parques tecnológicos cujo tamanho varia de 500 a 20 mil estações de trabalho. Entre as verticais atendidas estão os setores de indústria, serviços, logística, educação e saúde, explica o diretor da empresa.

A empresa opera inteiramente via canais e possui aliança estratégica com os 22 principais concorrentes do mercado de ERP nacional nos canais de distribuição desses clientes, revendedores, consultorias e integradores.

A oferta das soluções da CorpFlex é feita por meio de uma Plataforma Colaborativa como Serviço (PaaS), junto aos canais nacionais de distribuição desses parceiros.

Pimentel explica que a terceirização de infraestrutura é vista com bons olhos pelas empresas clientes por diversos motivos. O primeiro deles é a redução de custos ante a alternativa de construir um datacenter. Os clientes, por sua vez, estimam essa redução em 40% a 50%, diz o executivo.

Segundo Pimentel, o capex (investimento de capital, na sigla em inglês) é zero, pois o cliente assina um contrato de prestação de serviço com a CorpFlex. O valor dessa “mensalidade” varia de acordo com o SLA (Service Level Agreement, ou acordo de nível de serviço) escolhido pelo cliente.

Outra vantagem está no âmbito tributário. Como a terceirização da infraestrutura é enquadrada como um serviço, muitas empresas acabam usando essas transações para obter créditos tributários, conta Pimentel.

Também há vantagens estratégicas na adoção do modelo. Essa plataforma integra os fornecedores de ERP, BI e fabricantes de hardware que estejam na mesma cadeia. A gestão integrada entre diferentes setores agiliza os negócios, afirma Pimentel.

Serviços para datacenters
Serviços específicos para datacenters também estão sendo explorados pela CorpFlex. A empresa oferece pacotes de serviços gerenciados para datacenters, com cloud computing privada como serviço, focando sempre no acesso seguro aos dados.

De acordo com Pimentel, esse modelo libera as equipes de TI do cliente “para cuidar dos negócios da empresa”. A intenção é que a equipe de TI faça parte da estratégia da empresa e deixe de ser um setor à parte nas companhias.

Há melhoria também na qualidade do serviço prestado. Com a terceirização da TI ou da infraestrutura de datacenter, “a empresa começa a trabalhar com planejamento em vez de apagar incêndios e corrigir eventuais riscos”, pontua o executivo da CorpFlex.

Para ele, o Brasil ainda tem bastante espaço para crescer em termos de terceirização da infraestrutura. Segundo Pimentel, a decisão de construir um datacenter ou terceirizar a estrutura é estratégica e cabe ao chief information officer (CIO) das empresas.

“Tudo vai depender da análise do cliente e até mesmo do momento vivido pela empresa. Pode ser que a empresa esteja querendo fazer investimentos e um datacenter pode ser um ativo para essa companhia”, explica Pimentel.

Essa escolha é guiada pela percepção do que é missão crítica para a empresa. A partir dessa análise, o CIO vai escolher que vai para uma nuvem pública ou privada e o que permanece “in house”. Segundo Pimentel, as empresas ainda preferem deixar os sistemas de ERP, BI e CRM dentro de casa. Já email, portais e sites tem sido colocados em cloud computing.

No segmento de serviços de datacenter, a CorpFlex tem cerca de 550 clientes. Não há previsão para aumento da cartela de clientes, mas o aumento da receita com essa cartela está garantido, afirma Pimentel. Para aumentar o faturamento, a integradora sediada em Barueri (SP) aposta num portfólio maior de serviços de datacenter.

Um dos produtos é a integração de dados para uma posterior migração para cloud computing. A gestão dos datacenters é outra aposta da CorpFlex: “a intenção é gerenciar os níveis de serviço de TI de forma a agregar valor para os negócios dos parceiros”, diz Pimentel. Para ele, os maiores entraves no setor são o alto custo da energia no Brasil e a alta carga tributária.

Com 105 funcionários, a empresa já trabalhava com “a ideia de cloud computing” desde 2004, conta Pimentel. O executivo conta que na época, a CorpFlex oferecia um pacote Office on-demand como uma application service provider (ASP, na sigla em inglês).

“Nós províamos o hardware e o serviço de um pacote de escritório hospedado fora do cliente e cobrávamos uma mensalidade”, explica Pimentel.

O serviço não vingou porque a receptividade era alta, mas também havia muita resistência. “Os clientes temiam pela segurança dos dados nesse modelo tão diferente para a época”.

Estudo de caso - Sociedade de Educação Integral e de Assistência Social (Seias)
Hoje o cenário é diferente  e uma prova disso é a adoção da nuvem privada da CorpFlex pela Sociedade de Educação Integral e de Assistência Social (Seias), de Belo Horizonte (MG). A entidade educacional e social está mudando a aplicação de seus sistemas de TI para um padrão centralizado para hospedagem do ERP da GVDASA Sistemas.

Muitas vezes, era necessária a intervenção da TI nas rotinas que envolviam o ERP. Havia um grande esforço administrativo para manter o ambiente disponível e seguro. Além disso, a consolidação das informações na mantenedora era muito trabalhosa, pois os dados não eram consolidados em tempo real.

Com a migração e a adoção da nuvem privada, a entidade tem mais disponibilidade, segurança dos dados, geração e envio de backups e investimento inicial praticamente nulo para a montagem da infraestrutura e manutenção periódica. A hospedagem interna chegou a ser uma opção antes da adoção do private cloud.

No entanto, as vantagens da terceirização foram decisivas. Escolher uma infraestrutura interna de hospedagem em um período tão curto poderia oferecer riscos elevados ao sucesso da ERP da Seias. Anteriormente, essas informações eram armazenadas internamente na mantenedora e nas filiais, com uma estrutura lógica e física semelhante.

A CorpFlex hospeda o banco de dados de informações gerados pelo ERP, a contabilidade, sistemas de secretaria e portais. São cerca de 7GB de dados movimentados pela rede, que possui escolas e obras sociais em Minas Gerais (Belo Horizonte, Leopoldina e Montes Claros), Rio de Janeiro, São Paulo (Campinas, Bragança Paulista e Mogi Mirim), além de comunidades de inserção nas regiões Sudeste e Nordeste.



Foto: Divulgação/CorpFlex