O espectro radioelétrico médio de IMT (Telecomunicações Móveis Internacionais) em bandas baixas e médias (abaixo da frequência de 6 GHz) concedido para serviços móveis atingiu 544,1 MHz em uma seleção de 18 países da América Latina em 1º de julho deste ano, de acordo com um estudo estatístico da 5G Americas publicado em seu portal em espanhol e português. Na lista analisada, Brasil (1.040,3 MHz), Uruguai (815 MHz) e Colômbia (805 MHz) lideram a lista como os países com maior número de frequências atribuídas.

Por sua vez, Honduras (290 MHz), Equador (280 MHz) e Panamá (200 MHz) fecham a lista. Nove países da lista estão acima da média e muitos permanecem abaixo desse nível.

A atribuição de espectro radioelétrico refere-se à autorização concedida por uma administração nacional a uma estação de rádio para utilizar uma radiofrequência ou canal específico sob determinadas condições.

As maiores desigualdades estão nas chamadas “faixas médias”, que compreendem frequências entre 1 GHz e 6 GHz, especialmente na faixa de 3,5 GHz, onde Brasil (380 MHz), Colômbia (320 MHz), Uruguai e Guatemala (300 MHz cada) concederam blocos totalizando 300 MHz ou mais às operadoras de telecomunicações móveis. A banda de 2,5 GHz também oferece excelente capacidade.

As bandas médias têm propriedades de propagação mais baixas do que as bandas baixas, mas um espectro maior disponível, o que permite que sejam usadas como “bandas de capacidade”. Essas têm um meio-termo entre capacidade e propagação.

Por fim, vale destacar que três países da região avançaram na concessão de espectro radioelétrico para serviços móveis nas chamadas bandas alta, milimétrica ou mmWave. O Brasil concedeu 1.435,1 GHz e o Chile 380,4 MHz na faixa de 26 GHz, enquanto o Uruguai alocou 850 MHz na faixa de 28 GHz.

As bandas altas têm menos propagação do que as bandas abaixo de 6 GHz, mas um espectro maior disponível, portanto, terão um papel central no fornecimento de capacidade para serviços móveis. As redes 5G devem usar espectro em bandas acima de 24 GHz.