Esta semana o governo italiano fez uma oferta para comprar a Sparkle, empresa de atacado do Grupo TIM, que possui redes submarinas internacionais de transporte de dados. A proposta vem do Ministério das Finanças e da Economia.

A empresa diz que a oferta pode ser modificada, "com possíveis ajustes nas condições contratuais, caso a operadora mantenha uma participação minoritária por um período específico e apoie a implementação do plano estratégico". O governo deseja se tornar o acionista principal e, ao longo do tempo, assumir completamente a gestão da Sparkle, mas não foi informado quando isso irá acontecer. O valor que estão oferecendo também não foi revelado. Em 2023, o governo da Itália emitiu um decreto permitindo que a Sparkle seja estatizada.

A proposta ficará aberta por 15 dias e será analisada pelo conselho de administração do Grupo TIM em 7 de fevereiro. Segundo a agência de notícias Reuters, esse negócio está relacionado às negociações com o fundo norte-americano KKR. O KKR adquiriu a infraestrutura de rede fixa do Grupo TIM, a Netco, por 19 bilhões de euros. Contudo, a conclusão do negócio depende de conversas com o governo, que vê os ativos de telecomunicações como de importância estratégica nacional. Assim, a Netco terá participação do governo, com poder de veto.

A rede de cabos submarinos da Sparkle, com pontos de presença no Brasil, abrange mais de 600 mil km. Inicialmente, o Grupo TIM planejava vender a Sparkle junto com a NetCo, a unidade de rede fixa. No entanto, ao longo das negociações, os ativos foram separados.