A operadora espanhola HISPASAT adquiriu da Oi os 19,04% das ações detidas pela tele em sua filial brasileira, após a obtenção das permissões e autorizações dos órgãos públicos brasileiros. Desse modo, a HISPASAT será titular de 100% do capital social da sua filial.

A realização desta operação, a mais importante no âmbito estratégico desde a criação da HISPAMAR há 20 anos, reforça a aposta feita pela HISPASAT no mercado brasileiro das telecomunicações com a aquisição em 2001 dos direitos orbitais “61º Oeste”, de soberania brasileira, e a criação dessa filial, com a qual opera e comercializa a frota de satélites Amazonas. Desde então, a HISPAMAR se converteu em uma peça fundamental da atividade do grupo espanhol no continente americano, de onde provêm 60% da sua receita.

Atualmente, a frota HISPAMAR conta com os satélites Amazonas 2, 3 e 5, que têm capacidade de cobrir todo o território brasileiro e o restante do continente americano. Com esta frota de satélites, são prestados serviços de alto desempenho e eficiência em custo para a distribuição de conteúdos audiovisuais em banda C ou para soluções de televisão DTH (“Direct to home”, direto para casa, em inglês) em banda Ku. Além disso, possui capacidade em banda Ka para oferecer soluções de conectividade por satélite com foco em reduzir a desigualdade digital nas zonas rurais.

Essa frota incluirá também, no final de 2022, o Amazonas Nexus, um satélite inovador que terá muita flexibilidade para oferecer serviços de conectividade de banda larga na área rural e em ambientes de mobilidade terrestre, aérea e marítima em todo o continente americano, nos corredores Norte e Sul do Atlântico e na Groenlândia.

Clovis José Baptista Neto, presidente da HISPAMAR, afirmou que esta operação é de especial importância para reforçar o papel da HISPASAT no Brasil. “O país apresenta um enorme potencial para o desenvolvimento de soluções de comunicações por satélite e estamos dispostos a colaborar com os setores público e privado, em projetos que proporcionem mais valor para a sociedade brasileira”.

Rodrigo Abreu, presidente da Oi, afirma que a negociação representa mais um avanço no plano estratégico da companhia. “Trata-se de um ativo que estava previsto para alienação no aditamento ao Plano de Recuperação Judicial aprovado em 2020. É mais uma etapa que estamos cumprindo no processo de soerguimento e transformação da companhia”.