A Huawei, por meio da sua subsidiária Huawei Digital Power, acaba de assinar um novo Memorando de Entendimento (MoU, na sigla em inglês) com o Grupo Rio Alto de Energias Renováveis para o desenvolvimento conjunto de soluções de Inteligência Artificial voltadas para o setor fotovoltaico.

O novo acordo renova uma parceria de muito sucesso, iniciada em 2017, e que tem realizado projetos de geração de energia nos municípios de Coremas e Santa Luzia, na Paraíba, onde a Rio Alto mantém dois complexos solares. “Essa nova iniciativa é resultado do alinhamento estratégico de negócios entre a Huawei e a Rio Alto, focado agora na transformação digital inteligente do setor fotovoltaico”, disse Rafael Brandão, CFO e sócio da Rio Alto Energias Renováveis.

Nos próximos meses, a Rio Alto deve adquirir da Huawei novos equipamentos, como inversores e transformadores, para geração de mais um 1 gigawatt de energia, ampliando ainda mais o projeto de 2,4 gigawatts. “O setor fotovoltaico está em pleno crescimento e percebemos um sólido aumento da demanda”, informou Rafael Brandão. “O contrato garante o fornecimento de energia, ao contrário dos contratos no mercado de eólica”, revelou.

Além disso, as duas empresas desenvolverão soluções de Inteligência Artificial para a automação, o monitoramento, o diagnóstico e o controle inteligente das operações. “Faremos a instalação do Smart I-V Curve Diagnosis e do Smart Tracker Control Algorithm (SDS), soluções de Inteligência Artificial da Huawei, nos novos e nos existentes equipamentos das usinas da Rio Alto”, explicou Humberto Cravo Neto, vice-presidente da Área de Energia Solar da Huawei Brasil.

O Smart I-V Curve Diagnosis faz a integração entre a Inteligência Artificial com a operação e a manutenção (O&M). Trata-se de um sistema de rastreamento inteligente que realiza análises baseadas em big data, aplica algoritmos de diagnóstico inteligente, identifica strings defeituosas com precisão e gera relatórios. Por meio do aprendizado de máquina, a solução acumula experiência e otimiza modelos de falhas e transfere a O&M física para a digital.

Já o SDS é um algoritmo de Inteligência Artificial para inversores que faz o ajuste e o controle do ângulo dos rastreadores de forma automática e otimizada, promovendo maiores ganhos e rendimentos na geração de energia.

“Nos próximos anos, as usinas da Rio Alto passarão por uma profunda mudança na qual processos operacionais e de manutenção serão gerenciados por meio da Inteligência Artificial, aumentando cada vez o fator de capacidade”, celebrou Rafael Brandão. “Poderemos acompanhar em tempo real cada parâmetro da operação e antecipar possíveis problemas, reduzindo custos de manutenção. Esse é um momento realmente transformador para o setor”.

As usinas também funcionarão como laboratórios de testes para as soluções da Huawei, gerando uma grande quantidade de dados e métricas que ajudarão nas melhorias do processo como um todo. “Trata-se de um projeto de inovação inédito no Brasil que o coloca na vanguarda tecnológica industrial, especialmente no setor de energia solar, um mercado no qual o país é uma das lideranças”, avaliou Humberto Cravo Neto.

“A Rio Alto e a Huawei estão comprometidas com a transição energética e com a criação de uma cadeia de valor que seja sustentável, de baixo carbono e que propicie o desenvolvimento econômico e social de nosso país”, finalizou Rafael Brandão.

Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a energia solar já é a segunda maior na matriz elétrica nacional com 27,8 GW em operação, responsáveis por mais de R$ 133,1 bilhões em investimentos, mais de 831,1 mil empregos e 36,5 milhões de toneladas de CO2 evitadas. O Brasil ocupa hoje a 8a posição nos rankings internacionais.