A Câmara Municipal de Limeira, no estado de São Paulo, aprovou um projeto de lei para permitir a construção de um grande campus de Data Center em um terreno de cerca de 2 milhões de metros quadrados. Serão 350 mil metros quadrados de galpão, o que supera em duas vezes o espaço ocupado pela maior empresa presente hoje na cidade.

Dias após rejeitarem o regime de urgência para votação do projeto, os vereadores retomaram o debate e votaram, nesta segunda-feira (5), favoravelmente à alteração do Plano Diretor. Com isso, o Mapa de Zoneamento Urbano será modificado para receber o empreendimento da empresa multinacional, que é tratada com anonimato.

Após a decisão contrária ao regime de urgência, representantes da empresa e o prefeito Mario Botion se reuniram com os vereadores para esclarecer dúvidas antes da votação do projeto, que já havia sido aprovado pelo Complan (Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial Ambiental).

Presente na sessão, o prefeito discursou antes da votação e ressaltou a importância do projeto para o "desenvolvimento econômico, social e tecnológico do município".

Em sua fala, ele afirmou que Limeira foi escolhida entre 40 opções de cidades e que haverá um incrementou histórico na economia do município. Anualmente, o investimento deverá gerar R$ 5 bilhões de faturamento para Limeira e aumentará em 70% a arrecadação com ISS (Imposto Sobre Serviço).

O prefeito explicou a necessidade de haver agilidade no andamento do projeto para que a empresa consiga cumprir seus prazos. Segundo Botion, todas as avaliações, pesquisas e laudos já haviam sido feitos antes do contato com o poder público, tanto em termos ambientais quanto em aspectos de conectividade e disponibilidade energética.

A previsão é de que o Data Center passe a operar entre 2026 e 2027. Até lá, cerca de mil empregos deverão ser gerados com a sua construção.