A Mega, empresa de tecnologia e telecomunicações B2B, passa por um momento crucial em sua trajetória. Com uma abordagem mais ousada e ampla, fortalece a sua presença em diversos setores-chave por meio de aquisições estratégicas, expansões de infraestrutura e adoção de novos formatos. Essas iniciativas estão alinhadas com sua estratégia de avanço tecnológico, visando impulsionar seu crescimento contínuo. Entre as aquisições mais recentes estão a Samm (do grupo CCR), especializada em cabos subterrâneos; o Grupo G8 Telecomunicações, fortalecendo sua presença na região Centro-Oeste; e a Internexa Brasil, com foco no desenvolvimento de cabos submarinos. Essas aquisições representam desafios complexos, mas ampliam significativamente a capacidade operacional da Mega.

A Mega anunciou recentemente a compra da Samm, unidade da CCR que detém uma rede de telecomunicações ao longo de rodovias, por R$ 100 milhões. Esta aquisição inclui ativos de rede que atravessam o Sul e Sudeste, interligando São Paulo ao Rio de Janeiro, além de cidades estratégicas no interior de São Paulo, como Campinas, Sorocaba e São José dos Campos. A rede da Samm é utilizada por operadoras de telecomunicações, provedores de internet, grandes clientes corporativos e empresas de conteúdo nacionais e internacionais. Com essa aquisição, a Mega fortalecerá sua presença em redes de longa distância (backbones).

"A aquisição da Samm representa uma transformação significativa para a Mega. Estamos cientes da responsabilidade de preservar o legado que a empresa estabeleceu no mercado e entre seus clientes. Combinando os novos sistemas incorporados às nossas redes existentes, teremos uma plataforma robusta para melhor atender nossos clientes de atacado e corporativos estratégicos", afirmou Carlos Eduardo Sedeh, CEO da Mega.

A Mega espera grandes sinergias com a integração das redes da Samm e Internexa, otimizando equipes e infraestrutura para aumentar a eficiência operacional e financeira. "Uma plataforma de aproximadamente 7.000 km de redes, das quais 5.000 km são enterradas em estradas, interligando SP-RIO-BH-CTA-SC-POA, além dos ramais no interior de São Paulo, tornam a Samm um ativo altamente complementar à rede da Mega", destaca Carlos.

A compra da G8 pretende atender o crescente mercado do Centro-Oeste, robustecendo o portfólio da Mega para o agronegócio. Essa estratégia complementa a aquisição anterior da IFTNET, que se concentra na região agroindustrial de São Paulo. "Foi a partir desta aquisição que começamos a adquirir uma visão estratégica mais clara sobre como podemos apoiar o desenvolvimento tecnológico do agronegócio, integrando soluções avançadas de conectividade e IoT", explicou Sedeh. Além disso, o executivo conta que as aquisições está posicionada para atender a uma base de clientes ainda maior, oferecendo soluções tecnológicas de ponta e suporte ininterrupto. "Nosso objetivo é criar uma rede que não só atenda às necessidades atuais dos nossos clientes, mas que também esteja preparada para as demandas futuras de um mercado em rápida evolução", concluiu. 

Sabemos que o agronegócio tem aumentado sua participação no PIB brasileiro, mas enfrenta desafios significativos em infraestrutura de telecomunicações, como produções distantes e baixa densidade populacional. A Mega vê nessa situação uma oportunidade estratégica. "Nos próximos anos, essa região representará uma grande oportunidade para o desenvolvimento de tecnologias com a chegada das redes 5G e dispositivos de IoT. Possuir fibras e redes nessa área será crucial para a visão de futuro da Mega", acrescenta o CEO.

Já com a aquisição da Internexa, a Mega possui uma plataforma de rede robusta e um time experiente, com redes em OPGW (Optical Ground Wire) que se estendem do sul do Brasil até São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. "Nosso objetivo é incorporar redes locais nas extremidades dessas infraestruturas, ampliando significativamente a oferta da Internexa", explica o CEO. "Essa integração não é apenas uma soma de 1+1, mas resulta em 3 ou 4, graças às sinergias operacionais e estratégicas".

Foco no Mercado B2B

A Mega se diferencia das grandes operadoras ao focar exclusivamente no mercado B2B, oferecendo soluções customizadas que atendem às necessidades específicas dos clientes, especialmente aqueles que não são bem atendidos pelas grandes empresas. "As grandes operadoras focam nos extremos – grandes empresas e PMEs – deixando uma lacuna para clientes médios. Nós desenhamos soluções como se fossem um Lego, com proximidade e customização que as grandes operadoras não conseguem oferecer", enfatiza Carlos.

Com a integração das novas aquisições, a Mega pretende capturar sinergias operacionais e estratégicas, evitando a fragmentação que compromete a eficácia de muitas fusões. "A nossa meta é integrar tudo, principalmente para implementar nossa cultura de escuta ativa, atendimento ao cliente e customização de soluções", afirma Sedeh.

Mantendo seu foco exclusivo no mercado B2B, a Mega não pretende entrar no mercado B2C, apesar das sugestões de complementaridade de rede. "Convivendo com dois DNAs, uma empresa se torna bipolar. Por isso, afastamos a provocação de atendermos o B2C para focarmos no B2B. Com a aprovação do Cade e da Anatel, seremos uma das principais operadoras de B2B puro do Brasil", conclui CEO da Mega.