A IDC Brasil divulgou, nesta última quinta-feira (2), que o mercado de tecnologia da informação e comunicação (TIC) deve crescer 5% em 2023 no país, em comparação ao ano passado. A previsão é que o crescimento chegue a US$ 80 bilhões.

De acordo com a empresa, em 2022 o mercado brasileiro de TICs teve uma receita de US$ 75 bilhões. Deste valor, US$ 29 bilhões somente em telecomunicações. Segundo a pesquisa, o Brasil representa 27% do total da América Latina em telecomunicações, e 33% em TICs.

Já em 2023, a previsão é que o setor de Telecomunicações cresça 3%, favorecido pela “crescente importância da conectividade”, com o advento do 5G e do cloud computing. Com relação à área de Tecnologia da Informação (TI), a estimativa é que o segmento avance 6,5% , incentivado pelo consumo de tecnologia das empresas (que deve aumentar 8,7%).

O levantamento projeta que, em 2023, o mercado de dispositivos no Brasil gere US$ 21,5 bilhões, representando 1,1% a mais que em 2022. Com relação aos gastos com soluções de segurança, estes devem atingir US$ 1,3 bilhão em 2023 (aumento anual de 13%). A segurança é umas das prioridades para a maioria das empresas de TI no país (53,6% no ano passado) e na América Latina (50,6%), depois do pico de ataques de ransomware em anos anteriores.

Para o mercado de software, a IDC estima um crescimento de 15,1% neste ano, apoiado por soluções de gestão de dados, AI, customer experience e segurança. Em 2023, o modelo de software as a service (SaaS) terá um crescimento de 27,6%.

De acordo com o diretor de telecom da IDC para América Latina, Luciano Sabyoa, em entrevista a Teletime, os resultados são esperados devido ao avanço da nuvem. "As telcos serão cada vez mais importantes para provedores de nuvem – serão parceiros de serviço, mas também parceiros de rede tradicionais. Essa transformação também impulsionará a virtualização do core de rede. A expectativa é de que, este ano, as teles e os provedores de nuvem efetuem mais acordos neste sentido, até pela necessidade de habilitar novas funções de TI para operadoras", explicou.