Mesmo antes do início da nova fase do programa, o mercado livre de energia elétrica registrou uma expansão de 23% em 2023, totalizando mais de 37 mil unidades consumidoras no país, segundo dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel). Foram registradas cerca de 7 mil novas unidades consumidoras no período, de modo que o volume de energia médio transacionado através da modalidade, de 128 mil MW, correspondeu a 72% do total do país.

O mercado livre de energia consiste num conjunto de normas para que empresas possam eleger seu fornecedor de energia elétrica, assim tendo mais autonomia para avaliar diferentes fontes de geração e valores cobrados.

Pela nova regra, a partir de janeiro deste ano, consumidores do grupo A que gastam por mês acima de R$ 8 mil na conta de luz serão beneficiados. Antes, apenas aqueles que gastavam mais de R$ 150 mil por mês tinham essa opção.

“Embora pareça algo novo, devido à abertura de uma nova fase para consumidores do grupo A, de média e alta tensão, trata-se da revolução energética em curso. A energia renovável e sustentável está se tornando cada vez mais acessível para a população”, afirma Tatiane Carolina, Head de Ecossistema e Comunidade da Genyx. "Estamos saindo de um modelo em que o consumidor é apenas um 'pagador de contas' para um modelo de contratação em que ele pode decidir o que quer: o tipo de energia, o prazo, o volume, etc. O mercado livre é, de fato, o acesso à energia barata e renovável", complementa a executiva.

Globalmente, cerca de 35 países já operam com mercado livre de energia acessível a todos os consumidores.