Mais de 220 moradores de Akishima, Tóquio, se opuseram à construção do grande projeto de logística e Data Center da GLP.

Relatado pela primeira vez no Devdiscourse, a subsidiária do Data Center da GLP, Ada, planejava iniciar a construção do local em fevereiro, com o campus programado para ser concluído em 2029.

Os moradores locais citaram preocupações ambientais e de recursos e planejam entrar com um pedido de arbitragem para interromper o projeto.

Não está claro se o Data Center sob escrutínio é novo ou um dos planos de pipeline existentes da GLP.

Atualmente, a empresa tem planos de construir cinco campi totalizando 600 MW; quatro em Tóquio (TKW1, TKW2, TKE1 e TKE2) e um em Osaka.

É possível que seja o campus TKW2 que os residentes se oponham, já que o campus TKW1 já começou a ser construído.

O TKW2 foi projetado para oferecer 295 MW em oito edifícios de cinco andares.

Yuji Ohtake, representante do grupo de moradores, disse: “Uma empresa será responsável por arruinar Akishima por inteiro. É isso que dignifica esse projeto”.

Em dezembro do ano passado, os moradores da cidade de Nagareyama anularam com sucesso um plano de Data Center semelhante, citando preocupações com a vida selvagem, poluição, aumento no uso de eletricidade e drenagem do abastecimento de água.

Fundada em 2009, a GLP é uma gestora global de investimentos em logística, infraestrutura digital e tecnologias relacionadas. A empresa investiu em Data Centers chineses em 2018 e, em 2019, adquiriu uma participação de 60% na empresa local de Data Centers Cloud-Tripod.

A GLP lançou a marca Ada no ano passado para seus desenvolvimentos de Data Center na Europa, APAC e América do Sul.

A Ada disse anteriormente que planejava investir 12 bilhões de dólares (65 bilhões de reais) nos próximos cinco anos para entregar 900 MW de capacidade de Data Center no Japão.

No Reino Unido, a Ada disse que está desenvolvendo um campus de 210 MW em Docklands, no leste de Londres. O local estará pronto para uso em 2026 e consistirá em três edifícios de oito andares.

A empresa também está planejando dois campi no Brasil – Rio de Janeiro e São Paulo – totalizando 100MW. O Rio oferecerá 60 MW em três prédios de um andar a partir de 2025, enquanto São Paulo oferecerá 40 MW em dois prédios de um andar a partir de 2025.

Outros gigantes da tecnologia, como a Microsoft, AWS e Oracle, também anunciaram planos para construir e investir no Japão.