A economia portuguesa em plena ascensão, principalmente no setor de tecnologia, tem atraído startups do mundo todo a se instalarem no país. O cenário gerou nos últimos anos uma alta demanda por mão de obra qualificada com ênfase nas áreas de tecnologia da informação.

Um levantamento da empresa de mobilidade global HAYMAN-WOODWARD destacou três profissões que são mais demandadas para pedidos de vistos D3 em Portugal: engenheiros de software, desenvolvedores web, analistas de dados.

O visto D3, também conhecido como Visto de Residência para atividade docente, altamente qualificada ou cultural e atividade altamente qualificada exercida por trabalhador subordinado, é destinado a pessoas altamente qualificadas em que não ejam cidadãos da União Europeia, EAA e Suíça.

A advogada de imigração da HAYMAN-WOODWARD em Portugal, Vanessa Mororó, aponta que o país luso possui uma forte indústria de tecnologia e está se tornando um hub tecnológico global atraindo cada vez mais empresas e profissionais. “Outro fator que explica a alta nas solicitações de vistos D3 é a alta média salarial, especialmente para profissionais qualificados e de TI, o que torna o país atraente para brasileiros que buscam melhores condições financeiras. Mais um ponto relevante, é que o processo de obtenção dos vistos de residência tornou-se mais atrativo após a implementação do Acordo de Mobilidade da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), facilitando o acesso de cidadãos de países lusófonos, como o Brasil, ao mercado de trabalho português”, aponta Vanessa.

Fila de espera

Para quem é profissional de TI e deseja ingressar com o pedido de visto D3 é importante saber que a maior espera não está no processamento do visto no país de origem, mas sim na conversão da autorização de residência, o que ocorre em solo português.

A advogada explica que o prazo de processamento para esse tipo de visto tem o prazo especial de 30 dias, porém essa previsão pode ser ultrapassada e pode variar conforme a localidade e da época do ano em que a solicitação for feita. “É fundamental assegurar que o processo seja conduzido de forma adequada desde o início, preferencialmente por profissionais especializados em imigração. Isso evita possíveis interrupções devido a exigências extras, o que poderia prolongar ainda mais a obtenção do visto e a mudança para o país luso”, alerta Vanessa.