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Como o Edge e a Sustentabilidade podem impactar no crescimento do mercado de data centers do Brasil?

O webinar DCD>Edge e Eficiência Brasil já está disponível gratuitamente on demand. Para assistir, registre-se de forma gratuita clicando aqui. O evento online, que aconteceu nesta quarta-feira, discutiu com especialistas da indústria sobre o panorama do edge computing no Brasil, incluindo os seus desafios, estratégias de eficiência energética e como alavancar o setor no próximo ano.

O painel contou com a participação de Ricardo Glisoi, Executivo de Vendas da Rittal; Bob Lopes, CEO da Edgefy; Gabriel Mercatelli Bob, Gerente Executivo da Edgefy; e o Fabiano Duarte, Diretor de Infraestrutura Missão Crítica da Claro.

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Ricardo Glisoi, Rittal

“O edge tem um futuro muito próspero no Brasil. Quando analisamos a rede energética do país, vemos que ela é uma das mais limpas do mundo. A energia renovável é muito forte no Brasil. Por isso, vemos um crescimento exponencial por este tipo de solução, a do edge. Um mercado que mal começamos a explorar. Inclusive, vemos a chegada de novos fabricantes que não atuavam no país e agora passaram a atuar, trazendo novas tecnologias e a necessidade de uma infraestrutura”, analisou Ricardo Glisoi.

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Antônio Lopes, Edgefy

Segundo ele, a tendência é que a demanda por edge computing aumente cada vez mais nos próximos anos. “Observando os números que temos atualmente vemos que a curva só vai crescer. A Gartner afirma que globalmente o data center consome 1,5% de toda a energia produzida no mundo. Existe uma expectativa que este número chegue a 3%. Se dobramos o consumo, imagina a necessidade de data centers edge que necessitamos para que isso aconteça. Para quem está inserido neste mercado, é bom participar deste processo. Acredito que haverá grandes mudanças, com novas tecnologias surgindo”, complementou Glisoi.

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Gabriel Bob, Edgefy

Bob Lopes, CEO da Edgefy, também concorda com o aumento exponencial do edge nos próximos anos. “É extremamente promissor o futuro do edge no Brasil. Não tenho dúvidas de que tecnologias como a telemedicina combinada com a IA virão fortes para resolver problemas na área de saúde, assim como carros autônomos, por exemplo, vão dominar este mercado. O agronegócio, tão forte no Brasil, também será beneficiado por estas novas tecnologias. O agro junto com o IA vai trazer uma melhor eficiência nesse projeto enorme, e espero que seja uma forma de acabar com a fome no planeta. Desenvolver mais tecnologias para trazer alimentos para todos”.

“Quando falamos da geografia do Brasil, pensamos na dimensão de um continente, e para poder chegar nesses processamentos, teremos que caminhar para a computação de borda, atingindo todas as regiões do país. Começamos engatinhando, mas depois que deslancha realmente se torna algo exponencial. O Brasil tem grandes mercados e desenvolve tecnologias em diversas áreas. Sempre há desafios, e cabe a toda a cadeia se ajudar para se desenvolver e crescer. Existe um grande potencial”, afirmou Gabriel Mercatelli Bob, Gerente Executivo da Edgefy.

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Fabiano Duarte, Claro – -

Fabiano Duarte, Diretor de Infraestrutura Missão Crítica da Claro, também analisou a indústria de computação de borda no Brasil. “Quando eu falo de edge computing, falo de data center. E cada um deles tem o seu espaço e a sua função. Vemos um mercado de cloud service providers crescendo bastante e que continuará crescendo, assim como o mercado de edge data center continuará se expandindo, pois são funções complementares. Entretanto, quando falamos de soluções de baixa latência não podemos fugir do processamento de borda pelo tempo de resposta necessário”.

Duarte continuou: “Como mercado, temos alguns pontos característicos do setor no Brasil. Provavelmente teremos setores se desenvolvendo de maneira mais acelerada que outros. O agronegócio, por exemplo, é bastante forte no Brasil, assim como na indústria 4.0 veremos um desenvolvimento mais rápido. Mas talvez a telemedicina, por exemplo, não acompanhe a mesma velocidade. Entretanto, sem sobra de dúvidas, o mercado do edge data center crescerá na casa dos dois dígitos”.