Com o panorama tecnológico em constante evolução, os Data Centers de missão crítica enfrentam desafios significativos para garantir a eficiência operacional e a disponibilidade contínua. Nesta entrevista, Pedro Trevisan, Gerente da Dataprev, apresenta algumas das soluções adotadas pela empresa e antecipa alguns dos pontos que serão debatidos no "DCD>Debate - Aumento da Densidade: O que muda no design e na eficiência operacional dos Data Centers?" na segunda edição do Connect São Paulo, o maior evento do setor no país.

Quais tecnologias específicas de resfriamento e distribuição de energia têm sido implementadas nos Data Centers modernos para lidar com o aumento constante na densidade de racks?

Na Dataprev trabalhamos com equipamentos de precisão, enclausuramento de corredores e para ambientes mais extremos com climatização InRow. Para a distribuição de energia, os quadros elétricos foram planejados para acomodar demandas maiores de energia, sem prejudicar a redundância elétrica das instalações. Os ajustes, quando necessários, são realizados ao nível do rack, com réguas adequadas para as demandas pretendidas.

A gestão do fluxo de ar aliada ao monitoramento constante das instalações e a uma manutenção dedicada e especializada em ambientes de missão crítica permite que as instalações trabalhem para prover as melhores condições para ambientes de densidade elétrica elevada.

O acompanhamento do ciclo de vida dos equipamentos também é de suma importância. Garantir a disponibilidade de peças e suporte dos fabricantes, com um SLA adequado, é fundamental para que seja possível manter ambientes que operam em condições limítrofes.

Quais são os avanços mais recentes em automação e orquestração de Data Centers para garantir a flexibilidade necessária para ambientes dinâmicos, e como isso afeta a eficiência operacional?

Recentemente, no âmbito da Dataprev, concluímos a implantação de uma solução de DCIM, que ampliou bastante a nossa capacidade de monitoramento das instalações de missão crítica. A gestão dos ambientes físicos ganha em eficiência e agilidade graças com a disponibilidade dos dados e a granularidade.

Com mais dados, conseguimos extrair informações de melhor qualidade e em tempo real, permitindo análises mais precisas e atualizadas, mesmo em ambientes extramamente dinâmicos.

A tomada de decisão passou a ser melhor subsidiada, contando inclusive com a possibilidade de simulações de cenários, viabilizando uma predição dos resultados a serem alcançandos.