De acordo com estudo da IDC, os gastos mundiais com computação de borda (Edge Computing) devem totalizar US$ 176 bilhões em 2022 e 70% das empresas executarão níveis variáveis de processamento de dados na borda até 2023. Esse crescimento exponencial da adoção da arquitetura deve-se especialmente por conta da adoção das redes 5G, o movimento de migração para a nuvem das empresas e o aumento de aplicações de IoT no mercado. 

Mas para poder explicar como essas três ações de Transformação Digital no mercado se correlacionam com a Edge Computing, é preciso dar alguns passos para trás e voltar ao conceito da solução. De acordo com a definição do Gartner, a Edge Computing é um conjunto de soluções para facilitar o processamento de dados próximo da origem (borda) ou até mesmo na origem da geração das informações. Na prática, estamos falando de arquitetura granular, com micro data centers espalhados para que o usuário tenha conexão próxima e, portanto, uma resposta rápida (baixa latência).

Sendo assim, a Edge Computing apoia diretamente a disseminação de novas aplicações no mercado, que exigem menor tempo de respostas, como Telemedicina, carro autônomo e drones, bem como na adoção das redes 5G, na granularidade de uma arquitetura em nuvem e na proliferação das soluções de Internet das Coisas (IoT) – esta que deve receber cerca de US$ 16 bilhões de investimento globalmente em infraestrutura de IoT até 2023, segundo a IDC.  

Edge Computing nas evoluções do mercado 

O uso da arquitetura de Edge Computing gera menor latência e tempo de resposta. Nesse sentido, ela também estará intrinsecamente correlacionada com três grandes evoluções do mercado, que elenco abaixo:

  1. IoT - Tudo será smart e os dispositivos ganharão ainda mais inteligência nos próximos anos. Para se ter uma ideia, o Gartner estima que um verdadeiro “tsunami” de mais de 21 bilhões de “coisas” conectadas já estão coletando dados e a tendência é que esse número mais que dobre.
  2. Rede 5G – A revolução chegará quando o 5G estiver em pleno funcionamento, em especial no Brasil. A rede 5G liberará muito mais banda do que a do 4G, com latência muito menor, e proporcionará um salto na velocidade de transmissão de 150 Mbps para 10.000 Mbps (ou 10 Gbps). Isso impulsionará a adoção e a popularização de aplicações IoT. 
  3. Inteligência Artificial (IA) - As aplicações de IA vão gerar grande movimentação no mercado, com potencial de adicionar à economia global cerca de US$ 13 trilhões até 2030, de acordo com o relatório do McKinsey Global Institute. A tecnologia vai reforçar a IoT ao analisar os dados capturados pelos sensores, que servirão de matéria-prima para variadas estratégias inovadoras de negócios.

Com esses exemplos e a atuação intrínseca da computação em borda neles, já é possível afirmar que a Edge Computing apoiará a revolução de Transformação Digital do mercado e já está impactando, de certa forma, setores variados. Isso porque, os dados que estão sendo gerados na borda estão sendo escalados para um outro escopo – este que é liderado por uma melhor experiência do usuário e a modernização de processos nas empresas, em um mundo cada vez mais ágil e conectado.