Em TI, a palavra "convergência" traz uma ideia de reunir vertentes díspares em uma única entidade para harmonia operacional, alívio da lentidão administrativa, visibilidade, eficiência de custos, tempo de chegada ao mercado mais rápido e maior desempenho. Não há como não gostar se executada corretamente e é por isso que hoje precisamos da convergência de plataformas de TI.

Voltando um pouco no tempo, em 2010, a infraestrutura hiperconvergente (HCI) ajudou as equipes de TI a reorganizar a expansão da tecnologia e derrubou as antigas arquiteturas de três camadas: armazenamento/computação/rede. As organizações que estavam sobrecarregadas com caixas caras e grandes ganharam acesso a uma alternativa mais elegante, em que esses três elementos foram combinados em uma máquina, resultando em data centers mais rápidos, operações mais simples por meio de um único painel de controle, espaço reduzido, menor emissão de carbono, sem confusão de cabeamento e uma escolha aberta de parceiro de hardware.

Hoje, é hora de uma nova forma de convergência: desta vez para as várias plataformas nas quais rodamos TI hoje e que causam tanta complexidade, despesa e caos. Resumindo, precisamos de uma maneira de simplificar a multicloud híbrida e liberar os clientes para que se concentrem em atingir suas metas de negócios. E precisamos que essa plataforma seja aberta e completa com serviços de dados avançados que executarão e gerenciarão qualquer aplicação, em qualquer lugar, com flexibilidade.

Essa complexidade surgiu, devemos lembrar, por um bom motivo. Uma nova arquitetura, a computação em nuvem, ofereceu uma alternativa atraente ao status quo cliente/servidor local. As empresas descobriram que, ao usar a nuvem pública, poderiam reduzir o tempo e o custo de implantação, experimentar facilmente ideias virtualizadas, acessar recursos elásticos de TI e reduzir o tempo usado para correção e atualização. Mas a nuvem pública não é para todas as empresas e todos os projetos.

Por quê? Porque algumas empresas precisam operar com leis locais, regulamentos de segurança que poderiam deixá-las expostas ou porque algumas cargas de trabalho são apenas muito difíceis e arriscadas de serem movimentadas. Portanto, muitas organizações decidiram deixá-las como estão ou modernizaram ambientes em nuvens privadas com níveis altos de virtualização a fim de diminuir os custos e aumentar a utilização do servidor. Outras, ainda trabalham com parceiros no modo de colocation, ou terceirização para acessar sistemas de última geração.

No meio de tantas possibilidades, o mercado chegou à conclusão de que nenhum modelo é 100% ideal para 100% das empresas, resultando na TI híbrida, onde as cargas de trabalho são executadas em sistemas apropriados e as organizações precisam gerenciar os serviços díspares resultantes da melhor forma possível.

Alguns afirmam que empresas deveriam abandonar essa complexidade e ir primeiramente para a nuvem ou exclusivamente para a nuvem, mas poucas empresas maduras têm apetite para isso e até mesmo muitas organizações autoproclamadas "cloud-first" voltaram atrás para trabalhar em um cenário mais alinhado com sua realidade.

É por isso que hoje precisamos de uma abordagem que permita aos CIOs domarem esta complexidade subjacente: uma solução acima da plataforma para envolver tudo isso. É efetivamente uma nova forma de convergência que ajuda a TI a gerenciar a proliferação de plataformas e dados, arquiteturas operacionais e modelos de segurança que impactam. Precisamos de uma maneira de gerenciar todas essas plataformas e aplicar rapidamente modelos que forneçam um controle remoto para TI em que as cargas de trabalho possam ser facilmente visualizadas, gerenciadas e trocadas via virtualização, automação e consoles de gerenciamento.

Precisamos de uma maneira simples de construir, operar, consumir e gerenciar as nuvens. Em suma, o que precisamos é da nova hiperconvergência: hubs de TI que restabeleçam a ordem e não permitam que a nossa escolha se torne um fardo administrativo.

Ferramentas recentes permitem o controle de plataformas exclusivas para fornecer aos administradores uma visão de 360 graus das operações, analisando a complexidade subjacente para revelar apenas o que é necessário. Dessa forma, a TI é capaz de alocar recursos onde são necessários, planejando a capacidade, movendo cargas de trabalho - de plataforma para plataforma - e assim por diante.

A orquestração da nuvem não é tarefa fácil, mas as implementações podem ser bem mais simples, ou seja, a virtualização e os contêineres podem executar múltiplos sistemas operacionais ou cargas de trabalho no mesmo hardware. Se você faz parte da maioria das organizações que acumulou várias plataformas de TI ao longo do tempo, saiba que a próxima onda de convergência, já está pronta para te apoiar na simplificação e integração de suas operações.