A Vertiv foi a ganhadora na categoria "Mission Critical Tech Innovation" da última edição do prêmio DCD>Latam Awards, realizado em setembro do ano passado, com o projeto “Thermal Wall para os centros de dados preparados para o futuro”.

No total, 70 empresas e organizações públicas da América Latina, representando 12 países, apresentaram projetos para concorrer aos prêmios. O corpo de jurados, composto por 21 especialistas de nove países, avaliou minuciosamente cada proposta.

DCD conversou com Gustavo Pérez, diretor de vendas para as principais contas da Vertiv na América Latina, e Marcela Peralta González, Key Account Manager da Vertiv para a região Norte da América do Sul, sobre o projeto ganhador na categoria. Confira a entrevista!

A Vertiv foi a ganhadora na categoria "Mission Critical Tech Innovation" nos prêmios DCD>Latam Awards. Na sua opinião, que fatores contribuíram para esse resultado?

GUSTAVO PÉREZ: Na Vertiv, estamos sempre procurando nos manter na vanguarda da tecnologia. Acompanhamos o mercado de Data Center nas suas necessidades para obter melhor eficiência energética, com soluções que podem contribuir para a sustentabilidade e manter a alta disponibilidade de aplicações de missão crítica. Acreditamos que este prêmio é resultado da dedicação de todos nós que trabalhamos na Vertiv e da grande equipe que formamos para atender as necessidades dos nossos clientes no setor de Data Center.

MARCELA PERALTA: Como fabricantes, enfrentamos o desafio de projetar e implementar uma solução sob demanda do cliente para atender às suas necessidades, tais como:

• Alta capacidade de resfriamento entre 300 a 500 kW ocupando menos espaço.
• Adaptação à infraestrutura, como a não utilização de piso falso, mínimo uso da área física do data center e manutenção das condições de operação e trabalho em grupo de todos os sistemas, apesar da diversidade e não uniformidade na carga térmica.
• Alinhamento com as recomendações da ASHRAE que garantem condições de operação ótimas.

Gostaria que você comentasse sobre o projeto com mais detalhes. Que inovações tecnológicas foram utilizadas? Em que consiste o Thermal Wall?

GUSTAVO PÉREZ: A solução de Thermal Walll da Vertiv foi projetada para ajudar a grandes Data Centers, tanto de cloud e colocation, a atingir os seus objetivos, como reduzir custo e aumentar a velocidade de colocação no mercado. Ele também aborda considerações técnicas e de negócios, como espaço físico reduzido, garantia de temperatura e operações ideais, melhoria da proteção, aumento da eficiência e simplificação da implantação.

Além disso, mantemos uma abordagem de apoio à sustentabilidade com um coil (bobina) interno otimizado e projetos de peças que proporcionam até 10% de redução na queda de pressão do ar interno. Isso se traduz em um consumo de energia unitário reduzido.  Ventiladores EC de última geração que contribuem para ter unidades altamente eficientes. As válvulas de controle independentes de pressão melhoraram a distribuição de água e a eficiência da unidade, regulando e mantendo um fluxo constante para a unidade à medida que a pressão da água no sistema varia, entre outros benefícios.

MARCELA PERALTA: Consiste num arranjo modular de serpentinas inteligentes com capacidade para movimentar um grande volume de ar, otimizando a quantidade de água gelada necessária, localizadas no perímetro da área branca, realizando a troca de calor entre o ar quente proveniente da carga de TI e a água fria de um sistema de chillers. O ar frio é impulsionado dos trocadores para os racks de TI por um módulo de ventiladores EC Fan e um controle inteligente que ajusta tanto o fluxo de água quanto de ar com a ajuda de múltiplos sensores de diversos tipos localizados dentro do data center nos racks onde é necessário manter as condições de temperatura para os equipamentos de TI, em conformidade com as recomendações da ASHRAE 9.9.

Existem algumas diferenças fundamentais em relação a outras opções disponíveis atualmente, tais como:

1. As serpentinas estão diretamente expostas ao fluxo de ar quente de retorno e este chega até elas de forma totalmente perpendicular à superfície de troca.
2. As serpentinas são modulares e podem ser aumentadas de tamanho no local.
3. Não é utilizada uma estrutura tradicional em forma cúbica, própria das unidades de tratamento de ar (CRAH's) de água gelada ou expansão direta. Portanto, o espaço ocupado pela unidade equivalente é inferior ao 5% do que ocuparia uma solução tradicional.
4. Dado que os componentes estão "à vista", seu isolamento, manutenção e substituição são comparativamente mais fáceis e rápidos do que em um sistema tradicional.

Como foi o processo de implementação dessas tecnologias e quais desafios foram enfrentados durante a implementação?

GUSTAVO PÉREZ: Sendo uma solução nova, tivemos que estabelecer um processo logístico cuidadoso que foi capaz de ser muito bem-sucedido graças à colaboração e apoio do nosso cliente. Enfrentamos os desafios que ainda tivemos devido à pandemia neste projeto, mais uma vez na Vertiv tivemos a capacidade de sair na frente com sucesso, colaborando com a equipe de implementação do cliente em todos os momentos.

MARCELA PERALTA: Realmente é um processo simples porque esta solução foi projetada para ser implementada rapidamente através da simplificação nos seus processos de fabricação, transporte e montagem do sistema. Como esses sistemas vêm desmontados, podem ser transportados sem a necessidade de grandes guindastes e podem ser instalados em áreas com restrições de espaço de forma mais simples e confortável para os operadores logísticos; na sua localização final, apenas uma conexão simples entre as serpentinas e a água proveniente do chiller é necessária.

Esta solução: Na Vertiv, a nossa visão de melhorar a disponibilidade por meio do gerenciamento e operação do data center envolve: nível avançado de equipe residente, eliminação de riscos de tempo de deslocamento, consultoria especializada, suporte staff 24h, suporte através de ferramentas de software, redução de custos manutenção, condicionamento técnico, melhor performance operacional e acesso às ferramentas do fabricante. Todos esses recursos fazem parte da nossa solução DCOM, a nossa oferta para Data Center Operation Management, e podem também ajudar a reduzir o PUE, mantendo o WUE e o CUE otimizados.

Quais estratégias de gestão e operação os administradores de data centers deveriam considerar nas suas instalações?

GUSTAVO PÉREZ: Na Vertiv, a nossa visão de melhorar a disponibilidade por meio do gerenciamento e operação do data center envolve: Nível avançado de equipe residente, eliminação de riscos de tempo de deslocamento, consultoria especializada, suporte staff 24h, suporte através de ferramentas de software, redução de custos manutenção, condicionamento técnico, melhor performance operacional e acesso às ferramentas do fabricante. Todos esses recursos fazem parte da nossa solução DCOM, a nossa oferta para Data Center Operation Management, e podem também ajudar a reduzir o PUE, mantendo o WUE e o CUE otimizados.

MARCELA PERALTA: Como estratégia principal para nossos clientes, está a disponibilidade de um sistema de resfriamento de alta capacidade em um espaço menor e um sistema de controle e comunicação próprio do equipamento que, através da gestão de alguns componentes como ventiladores, válvulas de água gelada, entre outros, gera economia de energia nos sistemas que compreendem o ciclo de refrigeração, como o hiller e as bombas. A complexidade da manutenção é reduzida graças à sua arquitetura de construção, o que permite uma rápida gestão de atendimento de falhas, já que todos os elementos são visíveis e de fácil acesso para o pessoal operador e de suporte do data center.

Por último, como você enxerga o futuro da infraestrutura de TI nos data centers com a chegada da inteligência artificial, do 5G e outras tecnologias emergentes?

GUSTAVO PÉREZ: Estamos vivendo o início da era da Inteligência Artificial, Machine Learning e outras aplicações com usos intensivos em dados, as demandas de consumo por rack serão multiplicadas por 10 vezes, veremos necessidades de até 100 kw/rack ou mais devido à grande quantidade de energia que as GPUs estão exigindo. As soluções de resfriamento líquido são o caminho natural para atender a essas novas necessidades, seja imersão, resfriamento direto para chip ou baseado em rack com resfriamento backdoor. Na Vertiv, estamos prontos com novas soluções para continuar suportando a demanda de Data Centers, bem como a chegada do 5G, que também busca melhorar a eficiência do consumo de energia e complementar os Edge Data Centers, apoiando a transformação digital reduzindo a latência.

MARCELA PERALTA: A cada dia, essas tecnologias serão mais utilizadas, pois a tendência é a implementação de sistemas com maiores demandas de energia e dissipação térmica para atender a esses novos serviços dentro do data center. Portanto, essas tecnologias viabilizam a implementação de forma mais eficiente, com uma melhor distribuição do fluxo de ar e sem restrições, como as encontradas na implementação de pisos falsos. A tendência é utilizar menos sistemas mecânicos com compressor e ter mais serpentinas inteligentes que operam com temperaturas da água mais elevadas do que as convencionais, o que permitirá reduzir o uso ou a necessidade de compressores, utilizando em maior medida as temperaturas exteriores para resfriar a água que circula nas serpentinas internas e externas sem utilizar um compressor.